Agonias
Mais uma vez eu me jogo em solidão
afogo-me no meu próprio eu
regurgito palavras as quais nunca deveriam ter sobressaído de dentro de mim,
bebo a última gota de meu sangue amargo,
meu corpo não se mantem em perfeita simbiose
as sombras outra vez toma todo meu ser,
as lágrimas escorrem outra vez pelo meu rosto
olho-me no espelho e não reconheço ser quem sou,
onde minha verdadeira identidade foi parar?
outra vez me prometeram o que eu sempre neguei
o que me desfez, que me tornou assim
não vejo a tão sonhada luz,
eu não reconheço este lugar,
onde estou?
daqui eu não escuto meu próprio grito
salva-me!
aqui eu só enxergo os destroços do meu próprio eu
os fantasmas outra vez me cercam
salva-me ou então me mata logo de uma vez
demônio maldito.