Panes de Amor

Duelo faz que te amar

Não sei, guardar teu amor

Com luvas e outras leves

Folhas de ilusão

Tenho panos a toda cor

Tenho as panes do teu amor,

Tudo tenho a toda vida

Tanto em tudo, o teu pavor.

Quem velar-te virá um dia,

Se não for por talentosas lendas

De uma verdade que eu não consumi?

Tu terás o transe de todas as tuas transas

Guardado num minibox de cristal vulgar;

Então limitada em tri partidárias formas

De só existência,

O teu amor, sangrando a liberdade

De todas as tuas não consumáveis buscas,

Dirá do que valeu no vagar.

Não olhes para o teu rastejar,

A lua voltará à noite

E o teu mel já não será tão doce.