Costume do Que Tenho
Se tenho a vida? Não a tenho
Ela me tem, e eu apenas vivo.
Vou ter vida? Sem desdenho...
Vivo o mais nocivo.
Não sossego mesmo assim
Também quero o veneno forte.
Se quero? Ah, se quero. Quero sim.
Também posso querer minha morte.
Tenho amor? E se tenho!
E amo a vida mais que o próprio amor
E se vivo o amor, sei não. Mas me empenho.
Talvez por isso, costume à dor.