Céus em prantos

Naquela noite fria de agosto

Eu em meu canto na cama chorava,

Chorava ansiosamente pelo seio deste amor que de mim sumiu

Chorei tanto, que soluçava de dor na minhalma.

Que foi separado de um broto que em mim havia germinado

E agora está morto dentro de minhalma

Desistido desta minha vida de sofrimento tinha

Desistido de conseguir um amor eterno havia,

Tristeza tanta essa que os céus em morte de minhalma

Choravam, choravam amargamente.

Que trovões e enxurrada d’água caíram

Alagando minha casa

E de mim afastando tudo que me lembrava de ti

Mas em prantos

Nada mudava

Tudo em mim lembrava-se de ti

Teus perfumes em minhas roupas ainda estão pregados

Seu beijo em meus lábios ainda sinto

Sinto tão drasticamente que achei que só a morte

Dela me curaria

Mas com ela fui levado numa prisão

Onde prantos e prantos havia

Gritos por todos os lados ouvia

Em prantos novamente entrei

Que dum penhasco

Fiz meu ponto de partida

Para desta dor não sofrer novamente

Em meio à queda

Num segundo nostálgico

Vi que minha vida

Não tinha valido apena,

E hoje de mim me desfaço

Esparramado no chão deste penhasco

Para nunca mais ser lembrado.

Frases de um Solitário
Enviado por Frases de um Solitário em 30/09/2014
Código do texto: T4982164
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