Céus em prantos
Naquela noite fria de agosto
Eu em meu canto na cama chorava,
Chorava ansiosamente pelo seio deste amor que de mim sumiu
Chorei tanto, que soluçava de dor na minhalma.
Que foi separado de um broto que em mim havia germinado
E agora está morto dentro de minhalma
Desistido desta minha vida de sofrimento tinha
Desistido de conseguir um amor eterno havia,
Tristeza tanta essa que os céus em morte de minhalma
Choravam, choravam amargamente.
Que trovões e enxurrada d’água caíram
Alagando minha casa
E de mim afastando tudo que me lembrava de ti
Mas em prantos
Nada mudava
Tudo em mim lembrava-se de ti
Teus perfumes em minhas roupas ainda estão pregados
Seu beijo em meus lábios ainda sinto
Sinto tão drasticamente que achei que só a morte
Dela me curaria
Mas com ela fui levado numa prisão
Onde prantos e prantos havia
Gritos por todos os lados ouvia
Em prantos novamente entrei
Que dum penhasco
Fiz meu ponto de partida
Para desta dor não sofrer novamente
Em meio à queda
Num segundo nostálgico
Vi que minha vida
Não tinha valido apena,
E hoje de mim me desfaço
Esparramado no chão deste penhasco
Para nunca mais ser lembrado.