Algures da Minha Mente.
Foi quando de repente o mar se abriu e veio
Por sobre mim tão pungentes águas
Tamanhas ondas de tamanhas mágoas
Cruéis, hostis sem nenhum receio
Dilacerando tão sutilmente, insensível
Deixando reposteiros tão marcados
Com um sangue por tempos indizível
Mas que hoje, já tão claro (O culpado)
Insólito quem dera-me se fosse mesmo
Ou o mesmo tempo fosse quem me dera
De viver ainda um sonho (uma quimera?)
Não fosse a realidade..o pesadelo
Que dizer agora se apaga a chama
Não mais noites de desejos, nessa cama
Só restam cinzas e nem é quarta-feira
Mas pra nós, o carnaval findou mais cedo
Neste circo em que puseste a minha vida
Sou eu, palhaço a divertir-te; Oh querida!
Mas não posso mais ficar neste cenário
Quero encontrar em outras cenas, da partida
Uma mão que me afague (não ressequida)
Buscar em outro mundo... um relicário.