TÉDIO
Ninguém socorre a paisagem agonizante
Pássaros aterrissam cansados
O homem amofina-se
As árvores desistem de sombrear
O sol desmaiou nos subúrbios do céu,
A noite se aproxima
Agora tudo é tédio
A paisagem se cobre de cinza
Enquanto cavalos pastam nos campos lunares
Em meio aos sons dos ecos caídos do dia
Contudo a vida não para,
Se arrasta agora, pelos ventos infatigáveis
Derrubando as últimas flores
Ao assoprar o novo inverno
No deserto sem remédio
Dos meus olhos!