Ao fantasma de tua presença, que me assola e me encanta: Adeus!
Mal te postas, de novo escorres, pelos degraus, entre os dedos.
Sempre me foges quando te sinto assomares à penumbra
Que me possui desde o rasto de tua partida primeira.
Foste um sol, uma efêmera, um lampejo cadente...
Foste um raio qualquer que me riscasse a alma.
Hoje és fio de um regato da esperança fria.
Mas vai-te, leva o estrépito do teu riso,
Leva no teu seio o sabor do incerto
E no bojo o sabor do meu beijo,
Que de teus lábios bebesse
Do mais cálido néctar.
Vai-te, amor, floreia,
Entre as tulipas,
Os girassóis,
E volta.