sobre a paisagem que quis semear...
quantas estações me cabem?
quedo-me, como as folhas.... nas ruas e quintais...
saio do meu lugar com o mesmo vento que sopra nos parques, montanhas...
a luz do sol ás vezes me cega... é lá que vou tecer morada...
não há tristeza que me leve... eu fico!
(nas nuvens, na brisa, no calor das horas, na pedra, num banco vazio)
eu fico!
não precisa força.... nem jeito...
é só não ser... não estar...
é um sim desfeito, ou não de renúncia!
é um mistério... todos os sentidos rezam!
há o caminho... há verdade... e quase vida!
e o que oferecer aos outros, aos seus, sem ser?
não passo, como a certeza da estação, que volta, na mesma época
e tão esperada por uns, ignorada por outros...
não vou passar... no meu caminho...não há paisagem...