Mil almas em chamas

Sob a difusa e rubra luz

Da negra cidade,

O temor em meu rosto reluz.

Transparece incapacidade...

Em escuros becos a inquirir.

Turvos signos de um confuso luzir,

Um sentido que dê direção...

Um caminho que indique meu norte...

Abandonado à minha pobre sorte,

Borra a água em meu caminho de chão.

Extrapola o pranto estrangulado,

Numa vazão de arrependimentos.

Ao luar esfumaçado...

Frescor de sortimentos.

Faz sangrar meu espírito ferido,

Uma máscara cobre meu olhar fingido.

Ensaio exaustivo pro ato final...

Me transformo em mil seres!

Reivindicando poderes.

Será atuação...ou será real?

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 21/05/2007
Reeditado em 21/05/2007
Código do texto: T495863
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