Brado

Brado

(Vilancete)

Não correu bem, não correu…

Brado-o com voz descosida!

Tive corpo de criança

Mas fui órfão de uma infância.

Juvenil fui com a lança,

Embutida p´la arrogância

Da mente que não avança;

Fiquei longe do que é meu…

Não correu bem, não correu!

Como quero a imensa brisa

Agora que sou adulto!

E recuso a voz juíza,

Que me agrilhoou com insulto

Ao que me desvitaliza.

Quero ser liberto à vida!

Brado-o com voz descosida.

André Rodrigues 11/9/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 11/09/2014
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