AMARGOSO FIM

AMARGOSO FIM

Há tristeza no olhar

De quem já viveu a fantasia.

Seus versos sob a luz do luar

Foram encartes para poesia.

Sua mão ressequida

Já não tem mais o domínio

Da caneta esquecida

Em abandono é o extermínio.

Sua voz já não declama

Suavemente como outrora

Desatinado não reclama

Foi-se o tempo da aurora.

Do seu corpo esbelto

Nada se vê, na aparência

De homem a espectro

Ultrajado em sua essência.

Quem dos sonhos viveu

Em tempos de boa colheita

De ti mesmo se esqueceu,

Dos versos perdeu a receita.

Mada Cosenza

OBRIGADA! QUERIDO MESTRE JACÓ FILHO PELA BELA INTERAÇÃO QUE VEM ABRILHANTAR OS VERSOS DESTE POEMA.

18/09/2014 16:57 - Jacó Filho

Vez por outra me perco,

Lembrando do que fui...

Mas o espírito me argui,

Pra me tirar do aperto...

Mada Cosenza
Enviado por Mada Cosenza em 11/09/2014
Reeditado em 18/09/2014
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