A criatura
Num albor triste o dia se vai
no campo se ouve o mais estranho dos ais,
é uma criatura que geme e se esvai
lamentando a hora dos domínios infernais.
Venha ferrenha noite
hálito de destemida destreza
venha indefinida e sombria
esparramar-se com seu manto de tristeza...
Estrelas fugidias iluminam o Vácuo
sozinhas e perdidas no escuro
são como brasas de um fogo fátuo,
línguas feroses que se apagam com um sussuro.
E no ventre da mata,ainda consternada
a criatura ainda suspira lágrimas da alma arrebatadas,
e a noite,Vida apagada,
suspira ainda tristezas,mágoas caladas.