NO ÉCO MEU GRITO

Sou menina que sonha

Sou poetisa que escreve

Sou mãe sou vó

Sou mulher...

Mulher que padece.

Sou mulher, sofrida

Que a dor não matou

Sou mulher que despreza

Sou mulher, que um dia amou.

Sou menina perdida

Sózinha amedrontada

Sou mulher, sou gaúcha

Não temo mais nada.

A vida debochada

Jogou-me na lixeira

Ergui minha cabeça

Sou forte, sou guerreira

Por vezes só quero morrer

Em um dormir eterno

Jogar fora a caneta

Fechar...

Fechar meu caderno.

O caderno de poesias

Narrei minha hitória

Tristeza, alegria

Derrota,Vitória.

Paginas e paginas

Fecho mais um capitúlo

Vejo meu corpo sem vida

Deicho no éco...

Meu último grito.