Desabafo
Todos pensam que sou forte
Pensam que meu coração pedra
Imaginam que o meu pesar é sorte
Não sabem o que serei, o que sou, o que eu era...
Ninguém sabe, meu coração é castelo de baralho
É tênue coisa que bate de meu peito
É nuvem carregada de lágrimas, de emoção que espalho
É leve brisa que o orvalho molha com jeito...
Minh'alma tem receio de sofrer
Meu débil coração receia de amar
Minha ligeira vida receia de viver
Meus olhos, receio de olhar...
Meu querer é delgado, é simples
Minha razão é supérflua, nada valerá
Minha tristeza é profunda, é triste
Minha alegria, não sei, qual será?
Recife, 10 de Agosto de 2001, 02:23 am