ROTINA DE UM BÊBADO
noite fria, chuva fina
eu no bar, é rotina
tomando uma, é minha sina
volto pra casa, é madrugada
ainda tonto, alguém espera minha chegada
mulher de fibra, ainda sorri mesmo cansada
amanhece o dia, o trabalho me espera
chego atrasado, o patrão uma fera
a noite cai, o coração acelera
volto pro bar, um aperitivo
engano a mim, sou um cativo
bebida e cigarro, meu mundo relativo
a noite é quente, chuva não tem
amigos de copo, pode ser qualquer alguém
não importa, melhor que sem ninguém
converso com eles, coisas da vida
falo de mim, de forma invertida
por dentro a dor, a alma sentida
choro sozinho, não posso evitar
tento em vão, não posso me controlar
tristeza ou risos em vão, razão a penar