Externamente...bem.

O sol em volta da terra,

queimo os pés no asfalto quente.

Sem o luar diante a miséria,

de um amor carente.

A noite já não é tão bela,

admiro então o oriente em céu carrasco.

Vidrando os olhos sob as telhas de favela.

Como um marginal abeira dum colapso.

Pulo um moro e outro mais,

com meus jeans surrados.

Num vento que levanta sacolas , saias e jornais,

e que arrepia os menores abandonados.

Sigo em frente pela avenida,

tantas lojas , pessoas, automóveis.

E a luz do poste expõe a ferida,

refletindo o câncer, das aparências saudáveis

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 19/08/2014
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