Externamente...bem.
O sol em volta da terra,
queimo os pés no asfalto quente.
Sem o luar diante a miséria,
de um amor carente.
A noite já não é tão bela,
admiro então o oriente em céu carrasco.
Vidrando os olhos sob as telhas de favela.
Como um marginal abeira dum colapso.
Pulo um moro e outro mais,
com meus jeans surrados.
Num vento que levanta sacolas , saias e jornais,
e que arrepia os menores abandonados.
Sigo em frente pela avenida,
tantas lojas , pessoas, automóveis.
E a luz do poste expõe a ferida,
refletindo o câncer, das aparências saudáveis