PRÉGO MALDITO

Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]

Ao ver na parede , o local em que esteve teu retrato, o coração acelerou

Confesso que nesta hora, a lágrima de saudades no rosto rápida rolou

Ali só estava um velho prego, fincado, como um marco do meu amor

A lágrima no chão caiu, nem causou ruído, em respeito a minha dor

Na parede fria e vazia, hoje não vejo teu vulto amado, teu sorriso cativante

Nem sei como ainda, continuo a viver, com esta saudade, grande e constante

Este prego maldito, que para mim, agora é um marco de tristeza, frio e irritante

Aonde devera ficar para sempre, a lembrança de tua, pendurada, acima da estante

Poderia eu pegar um martelo, e com toda tristeza tirar o prego da parede afinal

Mais para o coração, seria como se arrancasse uma parte dele, matando este órgão vital

Porque a lembrança mesmo sendo triste, para meu viver é essencial

Porem, terei eu que conviver, com este tormento que teve principio, mais não terá fim

Com este prego ali , zombeteiro, me olhando na sua imobilidade, e até caçoando de mim

Mais assim, estarei sempre com você, ali na parede, até que um dia a tristeza se afaste enfim

Principe dos poemas e do amor
Enviado por Principe dos poemas e do amor em 19/05/2007
Reeditado em 08/11/2015
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