Lá se foi o nosso amigo Manel
Há um silencio em cada olhar,
Uma lágrima rolando em cada rosto,
A dor que dilacera, cortando a alma,
A solidão que vai machucando o peito,
E a tristeza em todos já exposto.
A saudade aumenta ao raiar da aurora,
A noite se foi, mas todos ali permanecem.
Tristes, pensativos, tudo ainda é uma incógnita,
Como isto foi acontecer tão de repente?
Morreu sozinho e ninguém nem sabe a hora.
Aos poucos a tristeza em todos transparecem.
O centro de atenção, no ataúde,
Sorri agora de uma forma diferente,
Parece estar feliz com toda a gente
Que estão ali a velar seu sono eterno.
E partiu por descuidar-se da saúde
Deixando-nos a chorar, este imprudente.
E ao acompanhá-lo em sua morada eterna,
Vejo vultos se escondendo atrás dos óculos,
Para disfarçar a tristeza e o seu pranto
Que insiste em rolar pela face abaixo,
Morreu por ter-se excedido em tomar seu cachamel
Ouvia-se os burburinhos dos amigos tristonhos
Lá se foi nosso grande e fiel amigo Manel.