O Último Ato

O Último Ato

Estou despido, vês bem!

Essa é a alma que procuras?

A beleza diáfana e surreal.

O que podes descrever, então?

Amargo por ser intocável.

De um lado o coração, fito.

Na mente desabitada há frio.

O vento contrário e o calafrio.

Apenas nós até o amanhecer,

Rodeados da insegurança.

Ali, pintas suavemente, cores.

Traduz meu corpo, veemente.

Ardente, abrasado meu coração.

Afaste o espírito da solidão,

E permaneça cantando para mim.

Os feixes de luz despedaçam-nos.

Hora de soltar-nos enfim – Lágrimas.

Que destino será o teu, o meu.

Silêncio irascível impede um adeus.

Eu, estéril de ti, volto para o além.

(Era manhã).

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 08/08/2014
Código do texto: T4915369
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