carta de despedida de uma porta pintada de vermelho
finados bem afiados,lingua amarga lambendo as merdas do mundo,
onde pedras vestem roupas sacerdotais e depois vomita palavras ao vento,
vaidades no rosto do cadaver,uma hora e meia de gritos,nada pode parar a roda da realidade que a pedra urina no altar.
sou um nada andando em ruas sujas depois da festa das bruxas,como balas de prata com veneno de ratos e depois sonho com campo de flores,
minha vida e um testamento
onde o tudo que tenho as baratas podem comprar um pirulito babado pelo diabo.
não vou gritar adeus mundo cruel
a pedra e muda surda e cega
apenas vou olhar o fim de tudo
banhado com o sul de um inverno toxico.