carta de despedida de uma porta pintada de vermelho

finados bem afiados,lingua amarga lambendo as merdas do mundo,

onde pedras vestem roupas sacerdotais e depois vomita palavras ao vento,

vaidades no rosto do cadaver,uma hora e meia de gritos,nada pode parar a roda da realidade que a pedra urina no altar.

sou um nada andando em ruas sujas depois da festa das bruxas,como balas de prata com veneno de ratos e depois sonho com campo de flores,

minha vida e um testamento

onde o tudo que tenho as baratas podem comprar um pirulito babado pelo diabo.

não vou gritar adeus mundo cruel

a pedra e muda surda e cega

apenas vou olhar o fim de tudo

banhado com o sul de um inverno toxico.

fred albano
Enviado por fred albano em 02/08/2014
Código do texto: T4906451
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