Prestes ... Abismo
Tento deter as luzes que se vão,
que partem pelo mundo já em sombras.
Tento dete-las,
apenas me agarro a amarguras.
Tudo ainda é um mistério,
não sei o que farei
nem o que pretendo fazer após a partida.
Ah, doce vida de luzes, de sonhos,
tudo me ficou na lembrança,
um grande fardo de saudades
na bagagem que me acompanha.
Fui só, portanto, “lá vou eu pela imensidão do mar”
pelas “Procelas” da vida,
onde quem não perde, sempre ganha,
onde fui vencido, sem tentar jogar.