Gosto de sal.
Em ondas caprichosas
que partem e retornam ao sabor de sua vontade,
o mar perpetua seu movimento hipnótico ante o olhar triste...
Um longo olhar que busca no infinito
as ausências,
ora convertidas em lágrimas abundantes...
Têm destino certo, as lágrimas.
Paridas na dor, têm gosto de sal.
Assim como o mar.
O mar devolve seus mortos.
As lágrimas purgam seus pesares.