Que coração!

Meu coração tem discurso próprio,

alimenta o sonho e o óbvio,

ama qualquer amor que veja

e sinta e beije

porque se alimenta ao saber

do amor que há em minh’a alma.

Meu coração tem mote próprio

e a ilusão o fortalece

porque lhe permite criar sonhos

e amando a dor,

não lhe apossa o enfadonho

e assim ele aprende

e sorri e chora.

Mas, nauseada, a dor não vai embora:

fica para muito amar...

e ser amada.

Talvez seja essa dor o que mais me sufoca...