SILÊNCIO DA ALMA

Silêncio da alma, vontade imperfeita

neste silêncio onde ouço sem dizer

palavra que cala, agonia que embala

a calada da noite sem som, sem prazer

Tu dizes no silêncio o não-dito

Lês em meus olhos o desejo aflito

e constróis outros silêncios mais profundos

para dar corpo à minha estada no mundo

Silêncio que acalma, fantasias do sentido

as minhas saudades, as saudades de alguns dias

reforçam as lembranças, retomam esperanças

fazem na imensidão ecoar meu grito

E no silêncio desse encontro se diz tudo

as iras contidas, as sensações vividas

nem sempre quem se cala fica mudo

simplesmente expressa o que vai na alma

sensivelmente fala com o fluir do coração

sem verborragias, nem tratados de agonia

apenas e tão somente... com o silenciar da emoção...

Francis Faria
Enviado por Francis Faria em 15/05/2007
Código do texto: T488115