DORES
Um cigarro atrás do outro
Ansiedade que corrói, que maltrata
uma vontade de qualquer lugar derramar o pranto
uma saudade de tempo passado
Sentindo tão pequena, quase desaparecendo
Dói não aceitar-se
Onde está a Fortaleza que havia?
Altos e baixos
Angústia, melancolia
Voltam-se os goles
Há uma agitação, um tremor
Um temor
O que eu faço aqui?
Vontade de ir pra longe, bem longe...
Se vejo o sofrimento dos outros, sofro junto
E fico de mãos atadas, pouco posso fazer
É tanto sofrimento nos olhares
os sorrisos são tristes
As cabeças baixas
farrapos de roupas, e o frio?
E eu me individando com coisas que não
não necessito, gananciosa eu
E comprar, comprar.... É fuga
E não adianta, os problemas vão continuar...