trocando a roupa da alma
neste caldeirão de sentimentos
ando pisando em espinhos
a dor e forte
mas vou indo em direção a porta aberta
lutando contra o espelho
não suporto o demonio que a realidade mostra nos retratos
mesmo assim não paro de gritar
a verdade
e um tormento
tomando venenos de rato
sou um pobre coitado
que sonha com um fardão verde garrafa
mas a imortalidade
não vai ser conquistada com uma corda no pescoço
de joelhos vou orando
pedindo perdão por ter nascido assim.