VIDA
Me sinto tão frágil.
Posso quebrar a qualquer instante!
Não obstante a essa condição
há tanta vida em mim...
tanta sensibilidade...tanta ternura...
...E permito que a poesia germine,
cresça, floresça...ganhe espaços!
Quisera ser forte como a morte!
Não haveriam tantos abrolhos
serpenteando por entre meu ser.
Mas ao menos eu não trincaria com tanta
facilidade!
Extinguiria de uma só vez...
Sem preâmbulos nem suspenses!
Num ato único. Ininterrupto!
Mas não! Sou vida.
Que persiste em meio aos cataclismos,
ao desespero. À fragilidade de ser.
e permanecer, até o último caco!