VIDA

Me sinto tão frágil.

Posso quebrar a qualquer instante!

Não obstante a essa condição

há tanta vida em mim...

tanta sensibilidade...tanta ternura...

...E permito que a poesia germine,

cresça, floresça...ganhe espaços!

Quisera ser forte como a morte!

Não haveriam tantos abrolhos

serpenteando por entre meu ser.

Mas ao menos eu não trincaria com tanta

facilidade!

Extinguiria de uma só vez...

Sem preâmbulos nem suspenses!

Num ato único. Ininterrupto!

Mas não! Sou vida.

Que persiste em meio aos cataclismos,

ao desespero. À fragilidade de ser.

e permanecer, até o último caco!

Elisa Flor
Enviado por Elisa Flor em 26/06/2014
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