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ASAS CORTADAS
Ysolda Cabral
  
Naquele poema solto e vão,
grito desespero e solidão.
Tanta intensidade chocou.
Perdido, ninguém escutou!
 
Sem destinatário, sem definição,
só desassossego e estupefação.
A certeza de que nada mudou,
      apavora a sobra do que restou.      
 
Na agonia o grito é dor, é aflição...
Pássaro de asas cortadas, em retaliação;
planta sem vida, esquecida estou!
Jazigo da minha poesia eu sou...


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Praia de Candeias –PE
Em noite de chuva forte
25.06.2014 (4ª. Feira)