Da chuva que não cai
a miragem que me prende
é oásis num céu estufado
se dissipando no horizonte
o bafo quente é o conluio
do vento com a aridez
na paisagem que sou
nada mais me cobre.
nada mais desagua.
O céu trincou a promessa
rebelando os sonhos
a secarem linhas de tardes molhadas.
sem relevos, sem rabiscos móveis de um olhar,
acumulam-se dunas sobre ossos,
sem versos que possam o chão alagar.