Coração Clandestino
Por Carlos Sena 



Ardente em chamas qual fogueira de São João 
Lá vai meu coração mais cor menos ação.
Bate 
Rebate feito melê 
Invade o trem da imaginação qual paetê 
Em noite de carnaval. 
Mais bem
Menos mal
Parto-me em vários 
Aceno 
Enquanto na janela soturna do cais 
Um gesto obsceno da ultima puta triste
Nem tem mais. 
E o meu coração segue 
Ora batendo ora apanhando
Ora morrendo
Ora matando 
com permissão da clandestinidade...