TENHO NA MÃO A ROSA

Tenho na mão a rosa

Recebida como prova

De um amor do passado.

O tempo tirou-lhe o frescor,

As pétalas foram murchando

Depois que o amor terminou.

E para cada pétala que cai

Por entre os dedos da mão,

Rola-me dos olhos uma lágrima

Chuva que vem de minh’alma,

Para que ela reviva tão rubra

Como o fogo da antiga paixão.

Que seu perfume seja o sinal

Da volta do ausente

Depois de apagadas as marcas

Da hora da despedida.

07/09/05.