FILHA DE TUPÃ
Potyra, menina sagrada,
mulher a desabrochar.
Vive na mata fechada,
Tupã a lhe vigiar.
Seu sorriso inocente,
sem pecado no olhar,
sente medo de gente,
parece adivinhar.
De madrugada, ao luar,
sonha com seu guerreiro.
Menino que vai chegar
pra ser seu companheiro.
Nada sabe de amor,
seu desejo inexiste.
Seu corpo não tem calor,
seu futuro é tão triste.