Naquela mesa.

Eram dias normais,

antes,

as tardes passavam,

anoitecia,

eu pensava em você e suas palavras,

nos sentimentos,

queria ser melhor para você,

pensava,

você merece mais,

pensava.

Eram dias difíceis,

depois,

sempre estava escuro,

onde está o sol?

as nuvens cinzas deprimiam-me,

malditas,

eu procurava nas folhas,

os seus olhos,

não os achava,

entristecia-me,

deitava e fechava a vida,

entristecia-me.

São dias,

agora,

suas palavras e você,

estavam distantes,

a estava perdendo,

lentamente,

como o vento embala a grande arvore,

friamente,

você já está longe,

eu corro,

quero alcançar-te,

não respiro,

meu peito queima e você se afasta,

eu paro,

sem folego não consigo gritar,

eu paro.

Parece estar longe,

mas me olhas,

não sei como segurar-te,

meu Deus,

e se eu perde-la? Não alcança-la a tempo?

perderei,

não mais poderei ver aqueles olhos,

chorarei,

mas talvez você seja feliz,

independente,

mesmo sem mim vai viver feliz,

sorridente,

e eu estarei satisfeito por sua alegria,

sua felicidade,

afinal, esse é o amor,

inquieto,

mas capaz de abrir mão do que quer,

intimamente,

para poder vê-la feliz,

intensamente.

mesmo sem esse amor.

Wallacy Valente
Enviado por Wallacy Valente em 05/06/2014
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