Seus olhos, minha senhora
Quarto escuro
Escuro quarto
Onde vegeta a sua memória
Os anos se apagando como fogueiras
Abrandadas pela chuva da idade.
E eu a vasculhar sombras
A entreabrir portas, mãos estendidas
Buscando em si a centelha
A mesma desejada vida
Que vivias quando jovem e sã.
Mas eis que me dizes algo sem sentido
Eis que seus olhos vagam, interditos
Pela névoa que o tempo acumulou...
Já não sabe que sou sequer seu amigo
Seu porto seguro
Seu anjo de guarda, também sofrido
Pelas intempéries que castigam todo amor.
E respondo a suas iras, seus lamentos
Com a docilidade dos impotentes...
Vago em seu quarto escuro, decidido
A trazer-lhe a luz da fé latente
Confia sempre em mim
E embora cegos
Vamos em frente!
Quarto escuro
Escuro quarto
Onde vegeta a sua memória
Os anos se apagando como fogueiras
Abrandadas pela chuva da idade.
E eu a vasculhar sombras
A entreabrir portas, mãos estendidas
Buscando em si a centelha
A mesma desejada vida
Que vivias quando jovem e sã.
Mas eis que me dizes algo sem sentido
Eis que seus olhos vagam, interditos
Pela névoa que o tempo acumulou...
Já não sabe que sou sequer seu amigo
Seu porto seguro
Seu anjo de guarda, também sofrido
Pelas intempéries que castigam todo amor.
E respondo a suas iras, seus lamentos
Com a docilidade dos impotentes...
Vago em seu quarto escuro, decidido
A trazer-lhe a luz da fé latente
Confia sempre em mim
E embora cegos
Vamos em frente!