Mississippi

uma luz negra

dando mais vida para o piano mudo

notas fortes

em mãos de anjo

parado na rua dos penitentes

a dor não quer tomar um taxi e ir para o inferno

minha alma chora sangue

e não quer beber a urina do fim do mundo

horas desenhando novas gotas de sangue

e meu coração pede esmolas no paraiso

deitado no frio

de uma pedra desalmada

pobre coitado

pobre diabo

pobre desgraçado

vou chorando novas letras

e a tempestade canta

sonho com uma porta aberta

em minha luz apagada.

fred albano
Enviado por fred albano em 03/06/2014
Código do texto: T4830889
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