Dunas
Dunas douradas esquecidas,
De areias mil,
A brilharem ao Sol perdidas,
Com o Mar de perfil.
Recebem a seus pés as ondas,
Coroadas de puro branco,
Trazem com elas as conchas,
Que vos dão tanto encanto.
Deixaram-se pelo vento acariciar,
Quando vos sussurrou paixão,
Vergaram-se à nortada polar,
Quando cometeram traição.
E de noite ao luar,
Com o céu iluminado,
De mil estrelas a brilhar,
Receberam meu corpo inanimado.
Cansado de tanto esperar,
Tão frio e desencantado,
Que até a dor fez chorar,
No meu coração desvanecido.
Lx, 28-6-2005