Histórias ouvidas pelos copos de Whiskey

Cubos de gelo a deriva

Profanam o velho escocês

Com água e cinzas de cigarro

Doze anos de prisão

Em cárcere de carvalho

É derramado em um copo riscado

Ó ébrio extrato de cevada

Para ser bebido de uma vez

Por um homem com a barba cerrada

Do bar, há muito freguez

pobre sujeito, com o coração golpeado

Por uma senhorita Cruel

Que se encontrou com um antigo namorado

Em um quarto liláz de motel

Um Bom e Velho Blues ao fundo

Tocado por três cavalheiros

Um chapéu Fedora batido

Cobre a neve dos cabelos

Do mais velho, o cara guitarra!

Dedos tortos, gastos pelos anos

Deslizando pelas cordas de aço

Da sua Strato preta e branca

Que por anos fez dueto

Com a sua voz grave e afinada

Auxiliada por um Bourbon

Nascido do milho Texano

Dourado e refinado

Imaculado, em um cowboy simples e puro

Desce leve pela sua velha garganta sedenta

Que os anos e os cigarros deixaram cansada

Mas que precisa continuar cantando

Em parte pelo dinheiro

Em parte pela arte amada.