Falência

A vivência me mostra que a cada dia eu morro mais,

aqui me encontro mais uma vez

escondido por trás de minha própria sombra,

onde não se escuta o eco do meu próprio grito

um trago amargo no cigarro e não sinto mais sua calma,

olhos fechados e a falsa impressão de que tudo se passou,

pulsos mais uma vez cortados,

amores platônicos agora me alucinam,

corpo tremulo e gélido

coração ligeiramente gelado,

lágrimas de sangue que agora se fazem presentes em minha pálida face,

quem sou ?

nem eu mesmo sei talvez algum ser desprezível a vagar na imensa escuridão de sua própria vida,

onde estou ? eu preciso repousar meu corpo sangrento em lugares conhecidos lugares esses que se tornam desconhecidos a meu desvairado juízo,

quero me embriagar em minhas próprias ilusões fazendo assim com que me sobra de minha sensatez se perder vagarosamente

não quero nunca mais voltar a minha lucidez,

não quero nunca mais prova do tal insignificante "amor",

não quero nunca mais provar da alegria pois minha apatia já me serve em pratos fartos o que aquele tal de amor me causo.

Wagner Pedro
Enviado por Wagner Pedro em 21/05/2014
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