Falência
A vivência me mostra que a cada dia eu morro mais,
aqui me encontro mais uma vez
escondido por trás de minha própria sombra,
onde não se escuta o eco do meu próprio grito
um trago amargo no cigarro e não sinto mais sua calma,
olhos fechados e a falsa impressão de que tudo se passou,
pulsos mais uma vez cortados,
amores platônicos agora me alucinam,
corpo tremulo e gélido
coração ligeiramente gelado,
lágrimas de sangue que agora se fazem presentes em minha pálida face,
quem sou ?
nem eu mesmo sei talvez algum ser desprezível a vagar na imensa escuridão de sua própria vida,
onde estou ? eu preciso repousar meu corpo sangrento em lugares conhecidos lugares esses que se tornam desconhecidos a meu desvairado juízo,
quero me embriagar em minhas próprias ilusões fazendo assim com que me sobra de minha sensatez se perder vagarosamente
não quero nunca mais voltar a minha lucidez,
não quero nunca mais prova do tal insignificante "amor",
não quero nunca mais provar da alegria pois minha apatia já me serve em pratos fartos o que aquele tal de amor me causo.