A dor deste amor
O incrível poder do longínquo alcance de uma lembrança
Assumindo espaços sem resistência e resultando em conquista,
o palrar estranho do amor e a esquivança
Tortuoso é o querer que no peito insta...
Palpita , questiona , espera sem ter o que aguardar
Mas a mente não desiste da rebusca sem fim,
A saber que aquela mulher fez meu coração chorar
Dou-me a encontra-la em meu mundo assim,
Respostas com positivas interrogações infinitas
Procrastinando a tortura pelo devaneio amargo,
Redefinindo em escuridão o traduzir da paixão bendita
Tornando o amor de seu significado simplesmente falto.
Olhos procuram uma imagem inexistente
No verter dos próprios chorarem uma ausência
Por ela meu corpo em seu todo é descontente
E pranteia com força total a dor de sua reminiscência,
A luta que não termina,
A razão guerreia com o desejo pungindo o sentimento
Desigualdade de forças por que a alegria amofina
Perpetua a dor e valida potência ao tormento...
Com a face aos céus, o pedido a Deus segue...
Os braços da morte o menino homem clama,
Pois este querer por ela já não me serve
E pela sorte do engano ela não me ama.
Em suas juras falsas tornou meu coração prisioneiro,
Envenenando até meus versos
Por que me deixei levar por seu olhar altaneiro,
Arrasando em totalidade o que me era por almejar o certo,
A longura de sua maldade me toma por isso
Vendando-me para o precipício me atirar,
Então me faça morrer por que sei que ela não se importa com isto
E não vou ao seu mundo pertencer, nem haver, nem estar.
Abro os braços em um sinal de desistência
Cumpra seu objetivo óbvio de me levar cativo a morte
Apagando assim toda lembrança da existência,
Dor que vive em mim, do amor eis a má sorte .
Está consumado,
Entrego meu espírito para apenas viver em minhas palavras sem valor,
Uma vez conheci o amor e por ele fui machucado
Vou ao descanso agora e para sempre sem dor ...