A guerra das três
A guerra das três
Diante o sangue que escorre
o pranto derrama
a morte que corre
sobra a face que reclama
É uma guerra
entre três lados
um mais ermo que o outro
caindo entre o caos
Um já morto, amou e sonhou
outro que rasteja, reclama e ataca
e o que pouco sobrevive
não intende o viver,
apenas amaldiçoa e sofre pelo maldizer.
E na mente da poeta
as três fazem a festa
na guerra em que o tempo mata
face a face, na luta do pensar
E o crânio vira um sorteio
um prêmio sorrateiro
pendurado entre o tiroteio
E eu sobre as três frontes cambaleio
E coitado será daquele que sobreviver
irá desgraçadamente ter
da profanada mente da poeta e do profanado corpo...
O Poder.
(Rafaela Duccini - 3/5/2007)
† Amaya No Yokai †*~