o escorpião de jade
furto de um coração de pedra verde
voando para o sonho do dragão
um vestido de noite
desenha o culpado com os olhos tristes de um verme
acordo e vou beber os primeiros raios de sol
antes de vestir as mentiras que a realidade de vidro vai vomitando no meu prato de arroz
mas a dor cai nos meus ombros
e obriga a tinta
penetrar na pena do urubu
antes do ponto final
de um conto de dia de finados.