TUA BONANÇA...
Não choro pelas cicatrizes que a vida me deu,
Não, isso seria tolice!
Choro pelas feridas que ainda estão abertas,
Que sangram... queimam... vulneram.
Minha mão está cansada de segurar essa dor,
De tentar estancar o sangue.
Choro sozinho,
Pois não quero que sinta o mesmo!
La fora ainda não clareou,
Aqui dentro já não chove tanto;
Peito, ainda alagado... ilhado.
Quem sabe nuns destes dias de ventos forte
O acaso, com causa, traga você aqui;
Sei que contigo, o vento trará em suas asas,
Essa tão falada, sonhada, mitológica felicidade.
Tive até a impressão que o dia estava clareando,
Mas foi alarme falso!
A neblina se dissipou,
Mas ainda está frio aqui.
Deixe estar!
Ainda à muitos capítulos
Neste livro sem cor;
A estrada é longa, mas
restam poucas pedras.
Mas se eu morrer antes de poder te abraçar,
deixe ao menos uma lágrima, por mim, cair desse teu olhar;
Assim levarei um pouco de ti, em mim... enfim.