A Escuridão do Castelo
Onde vive a razão em dividir-se nos braços da multidão?
Onde esteve o coração leiloado, eu quis comprar meu próprio sangue
fazer de meu espírito o maior legado... Mas do meu querer fui impedido
e dentro de meu próprio circo fui roubado...
Hoje que tudo parece tão bonito, e eu permaneço vivo, me sinto tão cansado...
Hoje que estrelas chovem aos milhares das nuvens de meus feitos
em meio das pedrarias que seduzem piratas
quero ver brilhar minha face de homem e acariciar meus defeitos...
Caminho nos contos de fada... Sou o lobo e a cesta, o gorro vermelho e a menina perdida...
sou branco como a neve... Perverso como a rainha inimiga, sou o caçador e o coração do javali
sou o espelho que não mente, o boneco de madeira que sente...
Espetei o dedo no fuso de uma roca, mas não dormi...
Não acho a ervilha que me perturba
os espinhos posto em minha cama pela turba...
Assim Deus testou-me a realeza...
Sou as migalhas de pão e sou a irmã e o irmão... Perdido ainda vago em uma escura floresta que revela minha natureza...
Eu sou a pele esticada, curtida e trabalhada, onde monges deitaram suas letras, aranhou-me e tatuou-me com amor, com profecias e ocultas ciências...
Não... Se correr, eu caio...
Se parar, sou devorado...
Se marcho lento me sinto tímido e apavorado...
Humanidade estranha onde não consigo me acomodar
Nada consegue fazer parte de mim...
Não dormir nas noites de lua clara, pois nunca estive acordado...
-Sonhar... E sonhar... Estou sonhando agora?-
Quando serei julgado?
Isso não é penitência, é um lado obscuro onde pouco se pensa...
É o lado da moeda que o monge ao me rasgar com sua pena renegou...
É a dor mesquinha que Deus em seu trono de glória no dia do dilúvio amargou...
Isso é o carma de por razões obtusas em uma luta se fazer crente...
Eu sou agora a escuridão do quarto do rei
sou a inglória do glorioso
o mistério inescrupuloso da santa grei...
Sou uma lagrima nos olhos de deus
sou a mão que não se solta
o elo que não morre na beleza do inevitável adeus!
Onde vive a razão em dividir-se nos braços da multidão?
Onde esteve o coração leiloado, eu quis comprar meu próprio sangue
fazer de meu espírito o maior legado... Mas do meu querer fui impedido
e dentro de meu próprio circo fui roubado...
Hoje que tudo parece tão bonito, e eu permaneço vivo, me sinto tão cansado...
Hoje que estrelas chovem aos milhares das nuvens de meus feitos
em meio das pedrarias que seduzem piratas
quero ver brilhar minha face de homem e acariciar meus defeitos...
Caminho nos contos de fada... Sou o lobo e a cesta, o gorro vermelho e a menina perdida...
sou branco como a neve... Perverso como a rainha inimiga, sou o caçador e o coração do javali
sou o espelho que não mente, o boneco de madeira que sente...
Espetei o dedo no fuso de uma roca, mas não dormi...
Não acho a ervilha que me perturba
os espinhos posto em minha cama pela turba...
Assim Deus testou-me a realeza...
Sou as migalhas de pão e sou a irmã e o irmão... Perdido ainda vago em uma escura floresta que revela minha natureza...
Eu sou a pele esticada, curtida e trabalhada, onde monges deitaram suas letras, aranhou-me e tatuou-me com amor, com profecias e ocultas ciências...
Não... Se correr, eu caio...
Se parar, sou devorado...
Se marcho lento me sinto tímido e apavorado...
Humanidade estranha onde não consigo me acomodar
Nada consegue fazer parte de mim...
Não dormir nas noites de lua clara, pois nunca estive acordado...
-Sonhar... E sonhar... Estou sonhando agora?-
Quando serei julgado?
Isso não é penitência, é um lado obscuro onde pouco se pensa...
É o lado da moeda que o monge ao me rasgar com sua pena renegou...
É a dor mesquinha que Deus em seu trono de glória no dia do dilúvio amargou...
Isso é o carma de por razões obtusas em uma luta se fazer crente...
Eu sou agora a escuridão do quarto do rei
sou a inglória do glorioso
o mistério inescrupuloso da santa grei...
Sou uma lagrima nos olhos de deus
sou a mão que não se solta
o elo que não morre na beleza do inevitável adeus!