Des Encantos da paz interior
Dalva Saudo
Como me animar à rimar versos de paz
Para um gigante adormecido
Se até no seio familiar a angústia me traz
Sob um silêncio mortal e profundo?
Como posso versejar sobre paz ao mundo
Se não sinto quietação de ânimos,
Nem mesmo em espaços exclusivos
De poetas em academias para poesias?
Quando me habitar com pombas da paz
Em algum ramo de oliveira em concórdia e reconciliação
E o desprezo que me cala o peito
Voar bem para longe, além do horizonte...
Aí sim! Incentivarei a paz no país.
Farei manifesto para a paz em outro local
Quando puder ir e vir tranquila à rua
Não precisar sair correndo como Cinderela
Ao perceber a Lua ao anoitecer
No marco zero... do bairro
Onde a zona de perigo impera
Numa passarela de temor
E eu... Tentando me esconder junto ao Sol.
Aí sim... manifestarei a tão almejada PAZ
Com meus versos
Para os quatro cantos do universo
Por ora fico aqui chorando a morte de muuuuitos
Mesmo antes dela chegar!
Dalva Saudo