O Que Era Belo Se Quebrou
Está na hora do meu chá matinal,
O melhor momento do dia para refletir
Em companhia de crônicas deliciosas
Enquanto saboreio o meu Earl Grey Tea.
Na hora de segurar na asa da caneca,
Sem querer
Ela escorrega da minha mão
Espatifando em muitos pedaços sobre o chão.
Como foi acontecer aquilo?
Desconfio que foi a falta dos óculos na cara.
Pura imprudência minha.
Pedaços espalhados
Que acredito piamente possível juntar e colar
Mas preciso fazer o meu chá primeiro
E me acalmar.
Enquanto coloco água pra ferver,
Junto os pedaços e os coloco em cima da mesa.
Ouço o borbulho da água ferver
E o aroma do Earl Grey invadir a casa toda.
Com o olhar funebre e um suspiro profundo
Passo a analisar os restos
Da mais linda das canecas da minha coleção.
E agora?
Como faço sem a minha velha companheira matinal?
Era do tamanho certinho,
Perfeita para minha mão segurar.
Mantinha o meu chá tão quentinho.
Meus lábios adoravam a intimidade toda
Daquele ritual
E pensar que nem nos despedimos direito.
Escolho uma outra caneca da minha coleção
Para substituir a que quebrou.
Sinto como se fosse uma traíção descarada mas,
Mesmo assim, tomo meu chá
Que por sinal perdeu toda sua graça.
A interação já não é mais a mesma.
Não há aquela intimidade mas sim,
Toda formalidade.
Sei muito bem que vai demorar um pouco
Para me acostumar.
O dever me chama
E começo a delicada restauração ...
Os cacos vão se encaixando
Por milagre, a caneca quase inteira!
Quase perfeita!
Mas, falta um pedacinho.
Apenas um.
O detalhe mais bonito está pintado neste pedaço
E para minha tristeza,
Não há "Voilá!"
Não consigo encaixá-lo
Por nada neste mundo.
As vezes sinto bem assim
Como aquele pedacinho.
Como se não me encaixasse em nenhum lugar
Nem com ninguém.
Queria muito me encaixar
E ser aquele pedacinho que faz a diferença.
Ser o pedacinho ou o detalhe que falta
Em alguma paisagem
Ou quem sabe,
Até mesmo na vida de alguém.
O melhor momento do dia para refletir
Em companhia de crônicas deliciosas
Enquanto saboreio o meu Earl Grey Tea.
Na hora de segurar na asa da caneca,
Sem querer
Ela escorrega da minha mão
Espatifando em muitos pedaços sobre o chão.
Como foi acontecer aquilo?
Desconfio que foi a falta dos óculos na cara.
Pura imprudência minha.
Pedaços espalhados
Que acredito piamente possível juntar e colar
Mas preciso fazer o meu chá primeiro
E me acalmar.
Enquanto coloco água pra ferver,
Junto os pedaços e os coloco em cima da mesa.
Ouço o borbulho da água ferver
E o aroma do Earl Grey invadir a casa toda.
Com o olhar funebre e um suspiro profundo
Passo a analisar os restos
Da mais linda das canecas da minha coleção.
E agora?
Como faço sem a minha velha companheira matinal?
Era do tamanho certinho,
Perfeita para minha mão segurar.
Mantinha o meu chá tão quentinho.
Meus lábios adoravam a intimidade toda
Daquele ritual
E pensar que nem nos despedimos direito.
Escolho uma outra caneca da minha coleção
Para substituir a que quebrou.
Sinto como se fosse uma traíção descarada mas,
Mesmo assim, tomo meu chá
Que por sinal perdeu toda sua graça.
A interação já não é mais a mesma.
Não há aquela intimidade mas sim,
Toda formalidade.
Sei muito bem que vai demorar um pouco
Para me acostumar.
O dever me chama
E começo a delicada restauração ...
Os cacos vão se encaixando
Por milagre, a caneca quase inteira!
Quase perfeita!
Mas, falta um pedacinho.
Apenas um.
O detalhe mais bonito está pintado neste pedaço
E para minha tristeza,
Não há "Voilá!"
Não consigo encaixá-lo
Por nada neste mundo.
As vezes sinto bem assim
Como aquele pedacinho.
Como se não me encaixasse em nenhum lugar
Nem com ninguém.
Queria muito me encaixar
E ser aquele pedacinho que faz a diferença.
Ser o pedacinho ou o detalhe que falta
Em alguma paisagem
Ou quem sabe,
Até mesmo na vida de alguém.