Nada muda Sou a base da família.
Tudo bem, tudo certo.
Nesta rígida mancha azul
Solto gritos de socorro,
Triste no meu silêncio
Uma ruga no meu rosto.
Só nós dois nas entrelinhas.
Como deuses a brilhar.
Lava, escorre no céu grisalho.
Na gaiola cheia de sonhos.
Desapego filhos e filhas.
No cochilo de um sonho.
Cai em mim o que vagueia.
Raia o sol, vai embora a lua.
Que ausência os alimentam.
Festa triste de família,
Neste seu som, lento.
Breve o gongo quebra o silêncio
Na ausência que os habitas.
Nada muda no seu castelo
No castelo da vida tua.
Neire Luiza Couto 27/04/2014