Lápide
Vazio és o soprar de velas
Em turvas chamas que teimam queimar
Aquecem a alma que de dor congela
Esperando coragem de enfim se apagar.
Martírio fino de fundir cristais
Trincados à sorte de manter-se em pé
Vairando a densa noite inebriante
Batalhando a buscar daquilo que se quer
Gotas de sangue que aquarelam a tela
Tristeza recria o seu amargar
Pintura em lápide de pedra cinzenta
Ornando em lágrimas seu último habitat.