O fio
A falta de piedade do destino
Trouxe-o a este mundo de solidão
Em teu desatino
Chorastes
Como farias cada vez mais
A tecelã só te dava o encanto dos mortais
A segunda não lhe tivera compaixão
Não fizera a ti um paletó
Para que aguentes o frio
Tuas tristezas hão de se acumular
Ao longo que continuas um fio
E cada vez mais há de te desesperar
Já cansado, não vendo mais encantos
Achas que não há mais sentido
Uma última lágrima cai
Com as lamúrias que tem tido
O tiro se torna a tesoura
E a terceira te liberta