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As pontas dos dedos desvirginados

Já com calos e sem digitais

Sendo homem, sendo dos iguais,

Sendo dos filhos, dos orfandados.

Arqueiro sem rumo na floresta

É ele quem lapida sua lança

Brinca na guerra como criança

Que se machuca no balanço na festa.

E ele há mais de trezentos e sessenta e cinco dias

Absteve-se dos seus pés

E pôs-se ante as agonias

Havia neste homem um menino

Grandioso como árvore em igarapés

Ó como sofria o pequenino...

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 16/04/2014
Código do texto: T4771200
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