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As pontas dos dedos desvirginados
Já com calos e sem digitais
Sendo homem, sendo dos iguais,
Sendo dos filhos, dos orfandados.
Arqueiro sem rumo na floresta
É ele quem lapida sua lança
Brinca na guerra como criança
Que se machuca no balanço na festa.
E ele há mais de trezentos e sessenta e cinco dias
Absteve-se dos seus pés
E pôs-se ante as agonias
Havia neste homem um menino
Grandioso como árvore em igarapés
Ó como sofria o pequenino...