A ODE DO LAMENTO E DA ESPERANÇA
Minha visão, já turva
Minha coluna curva
Minha noção confusa
Minha intenção difusa
Meu caminhar contido
Meu arfe jar sumido
A sustentar, o abatido
Olhar tristonho e caído
Na hora mais profunda
Quando a voz afunda
E a lagrima miúda
Na face faz moldura
O tempo corroí a vida
Cultivando a ferida
Que hora doí ardida
Na lembrança reprimida
Quero, quando da ida,
Na hora da partida
não cultivar a flor arrependida,
levar comigo a forca e galhardia
mesmo que chore agora
quando a noite vigora
minha ilusão que aflora
e de haver sempre nova aurora
Minha visão, já turva
Minha coluna curva
Minha noção confusa
Minha intenção difusa
Meu caminhar contido
Meu arfe jar sumido
A sustentar, o abatido
Olhar tristonho e caído
Na hora mais profunda
Quando a voz afunda
E a lagrima miúda
Na face faz moldura
O tempo corroí a vida
Cultivando a ferida
Que hora doí ardida
Na lembrança reprimida
Quero, quando da ida,
Na hora da partida
não cultivar a flor arrependida,
levar comigo a forca e galhardia
mesmo que chore agora
quando a noite vigora
minha ilusão que aflora
e de haver sempre nova aurora